quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um sonho num sonho


UM SONHO NUM SONHO
Este beijo em tua fronte deponho!Vou partir. E bem
pode, quem parte, francamente aqui vir confessar-te que
bastante razão tinhas, quando comparaste meus dias a
um sonho. Se a esperança se vai, esvoaçando, que me
importa se é noite ou se é dia... ente real ou visão fugidia?
De maneira qualquer fugiria. O que vejo, o que sou e
suponho não é mais do que um sonho num sonho. Fico em
meio ao clamor, que se alteia de uma praia, que a vaga
tortura. Minha mão grãos de areia segura com bem
força, que é de ouro essa areia. São tão poucos! Mas,
fogem-me, pelos dedos, para a profunda água escura. Os
meus olhos se inundam de pranto. Oh! meu Deus! E
não posso retê-los, se os aperto na mão, tanto e tanto?
Ah! meu Deus! E não posso salvar um ao menos da
fúria do mar? O que vejo, o que sou e suponho será
apenas um sonho num sonho?









Lágrimas depressivas



É assim todo o dia

O sol clareia brando

A lua suaviza meu

pranto

Medito sobre minha

vida vazia

Lágrimas de suplício


Lágrima geladas...


Lágrimas desperdiçadas...

Tentando aliviar

meu martírio

E eu odeio tudo isso

Odeio sentir essa

tortura

Ser seguida por

essa amargura

Até já tentei

suicídio

Minha lamúria

Meu terror que

queima minha alma

Minha mortificação

quenão me deixa ter

calma

Minha eterna fúria


Lágrimas...


Lágrimas de dor


Lágrimas sem amor


Mágoas...


Tentei me afogar


Nessa lamentação

inútil

Nesse lamento fútil


Na bruma que

disfarça o mar

Mas isso não me

protegeu

Só me trouxe mais


aflição

Só trouxe minha

crucificação

Mas isso não me

abateu

Pois, assim como eu

Nesse mundo

profano

Sufocado nesse desejo

insano

Muita gente morreu...


Nessa imortal

depressão.

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