quarta-feira, 3 de agosto de 2011

POEMAS GÓTICOS

Anseio

Eu respiro o perfume do lírio
do campo
Que já não sustenta mais de
angústia
Sangram as lágrimas que
caem...
Suspira à saudade que varre
as lembranças..
Quero cair...
Quero me jogar ao longe onde
nada mais me acolherá
Quero derramar sozinha
minhas lágrimas
Como o lírio, quero me
isolar...
Mesmo que eu sangre até a
sublime morte...
Quero deitar-me sob a terra e
observar a beleza de estar
vulnerável e sozinha
Ser absorvida para seu
interior
Ser parte da sua essência
É tudo que quero e penso
em sentir
Em meus mais profundos
momentos de desespero
Quando minha alma exala o
som da morte
Ao mesmo implícita o desejo de
estar permeando a beleza vivida
aos antepassados
Um desejo que arde...
Que anseia a interromper esse
sentimento
Mas que não tem forças para
lutar a isso...
A esperança que resta não
basta...
Liga-se a mim por apenas um
trêmulo fio
Que a qualquer momento, assim
como  minha vida, poderá
se romper.


Noites


Chega à noite em minha mente
E junto com ela as lembranças
Mas de algo que não aconteceu
Lembranças de um ser frágil
Porém capaz de me causar dor
Uma dor que me mata aos poucos
Dor capaz de me tirar lágrimas
Lágrimas essas que o outro ser
não derrama
Lágrimas que caem em vão
Que prometo não mais derramar
Uma promessa que não cumpri
Pois já se foi mais uma noite
Noite essa que insiste em trazer dor
Que por sua vez ainda insiste
em me matar
Mas o que é a morte se não
um troféu...
Para aqueles que tiveram a
coragem de viver
E hoje preso em minha fortaleza
de lágrimas...

Marcas de uma lagrima


Marcas de uma

lagrima

Foi em um simples papel que
comecei a colocar os
desabafos de meu coração...
Palavras que respondiam os
meus sentimentos, que
denunciam minhas vontades.

Uma lágrima sem razão rolou
dos meus olhos e caiu sobre a
palavra amor...

Ai percebi que:

Os meus olhos choram por
amor.

Lágrimas que nascem lá do
coração, que a alma aprova,
pois as lágrimas nos
fortalecem.

"Uma pessoa que não chora,
tem mil motivos para chorar..."

Segurar as lágrimas é o
mesmo que pedir para parar
o tempo.

O amor nos faz chorar,
porque é o sentimento mais
forte que existe na lei da
vida.

Minha poesia ficou com uma
marca, a marca de um amor
expressado em uma

Marca de Uma Lágrima.

Sepultarei

Sepultarei este sentimento sem lápide ,

sem flor, no mais profundo esquecimento

sepultando junto toda minha dor.

Sepultarei minhas lembranças e toda

saudade que sinto de ti...

no mais profundo esquecimento,

no lamento de cada dia que perdi.

Sepultarei este sentimento e junto dele

minha esperança , minha ilusão

sangrando a alma...

feito lança fincando o coração.

Enterro-te , meu sentimento, no poço

fundo que me lançastes, permaneça

lá no fundo de onde saíste e nunca mais

me vem afligir.

Sepultando-te eu sobrevivo sem

lamúrias... sem sofrimentos, encontrando

minha luz, afugentando meu tormento.

Sepulto este amor no mais profundo

esquecimento, sem ressentimento.

Sem lápide , sem flor. 


Perfeita Maldição

Perfeita Maldição
O som do vento era perfeito

A chuva era perfeita

O sol era perfeito

Minha mente era perfeita

Não fosse á maldição

Andar na rua era perfeito

Meu riso era perfeito

A noite era perfeita

Os olhares eram perfeitos

Não fosse á maldição

O dia poderia ser perfeito

Os sons eram perfeitos

A terra era perfeita

Se não fosse a maldita maldição

A mentira é perfeita

A verdade imperfeição

A tristeza é perfeita

Alegria imperfeição

E a infame maldição

Querer era perfeito

Nunca ter, imperfeição

Maldição

Humano é o maldito

Gente, maldição

Se eu fosse formiga

Perfeição

Eu sou humana

Maldição.
Esse poema é bem extranho confesso,
mais mesmo assim resolvi o colocar


Vermelho Rubro
Veja o vermelho rubro em
cada verso que escrevo
manchando uma folha em
branco, do vermelho intenso
que me escorre pelos dedos.

Vermelho rubro... do corte
feito em meus sentimentos,
derramado no manuscrito
que deixo, letra por letra
escorridas dos meus
pensamentos.

Manuscrito de sangue em
cada verso que escrevo,
vermelho rubro... que me
escorre pelos dedos.

Deixarei lindas rosas rubras...
despetaladas sobre o
manuscrito, tão vermelhas
e vivas, quanto o amor
que sinto.


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